Os engenheiros e técnicos de segurança do trabalho têm uma missão muito importante ao determinar o tipo de vestimenta antichama que sua equipe necessita utilizar. Antes de escolher a marca do tecido e a confecção é preciso determinar se as atividades realizadas envolvem proteção antichama de risco primário ou secundário e, desta forma, implementar o melhor EPI antichama para realização destas atividades.
Há grandes diferenças nos níveis de proteção primária e secundária, portanto, precisamos primeiro definir o que cada uma significa.
- A vestimenta para proteção de riscos primários é projetada para proteger contra um risco conhecido existente ou enfrentar o referido risco. A vestimenta para o risco primário é utilizada intermitentemente, quer dizer é colocada quando o risco está presente. Como exemplos, podemos citar: macacões, vestimentas para alta temperatura aluminizada, vestimentas de combate a incêndio, e outros EPIs como óculos de segurança, capacetes, protetores faciais, aventais, protetores auriculares e luvas.
- A vestimenta para proteção de riscos secundários é projetada para uso contínuo durante a jornada de trabalho. Sua principal função é a proteção para riscos inesperados como: arco elétrico, fogo repentino, respingos de metal fundido e escória de soldagem, estes riscos podem ocorrer em qualquer momento durante a jornada de trabalho, são riscos intrínsecos às atividades realizadas. Como exemplos de itens de vestuários antichama para riscos secundários podemos citar: calças, camisas, macacões e capuzes.
Entender a tarefa em questão e a gravidade dos riscos são essenciais para determinar se a proteção antichama secundária é adequada ou se a proteção primária é necessária.
Vamos analisar as principais diferenças da proteção antichama primária e secundária.
- A proteção primária é normalmente usada para uma determinada tarefa por um período limitado, quando há uma probabilidade maior de haver uma exposição térmica. O combate a incêndios é um excelente exemplo. Uma vestimenta antichama para um risco primário também pode ser necessária se houver uma tarefa de exposição em potencial que represente um evento térmico maior ou mais grave, por exemplo a utilização de vestimentas para altas temperaturas em ocupações que envolvem altas temperaturas como siderurgia, metalurgia, soldagem e fornos.
- Em geral, a proteção antichama primária não pode ser usada por um longo período de tempo devido a preocupações com o estresse térmico. A vestimenta antichama primária é tipicamente construída com tecidos que não são transpiráveis e geralmente envolvem múltiplas camadas de tecidos, de modo que pausas frequentes são necessárias para permitir que o corpo se resfrie.
- Já a proteção antichama secundária é projetada para um uso contínuo em situações em que as exposições térmicas são acidentais e de curta duração, como em trabalhos em equipamentos elétricos onde poderá ocorrer um arco elétrico. A principal diferença é que se uma exposição pode ocorrer, você deve se preparar para diminuir a gravidade da lesão.
No entanto, algumas tarefas nem sempre são claras. O trabalho envolvendo metal fundido, por exemplo, pode gerar dúvidas na hora de determinar qual a vestimenta (primária ou secundária) é apropriada.
Em situações complicadas, considere a severidade da exposição em uma determinada tarefa. Por exemplo, de quanto metal fundido a vestimenta devera proteger o trabalhador? Essa exposição de metal fundido poderá carbonizar a camada do tecido e causar queimaduras? Para tarefas que envolvem soldagem leve onde não há muito risco ou severidade de exposição, a proteção secundária pode ser uma opção. Entretanto, uma exposição quando se está vertendo metal fundido provavelmente exigiria proteção primária. Há três coisas importantes a se considerar que ajudarão a determinar qual o tipo de vestimenta antichama poderá ser usado para determinada tarefa e determinado ambiente: a probabilidade de ocorrência da exposição ao metal fundido, a capacidade do tecido suportar o metal fundido e a potencial quantidade a metal fundido que o colaborador estará exposto. Deve ser sempre avaliado em situação real, ensaios em campo com tecido e vestimenta para ter certeza da sua efetividade.
Uma análise de risco criteriosa conduzida por gerentes e engenheiros de segurança qualificados e especializados é o caminho mais indicado para determinar se deve ser utilizada uma vestimenta primária ou secundária.
Independentemente da tarefa em questão, engenheiros e técnicos de segurança de uma organização devem sempre proporcionar um ambiente de trabalho seguro utilizando os vários métodos de análise de risco, reduzindo a probabilidade de ocorrência de incidentes de origem térmica e mitigando ou eliminando as lesões através do uso adequado da proteção primária ou secundária.
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