Saiba o que você realmente está comprando: O tecido antichama é o fator mais importante em vestimenta antichama para uma correta determinação do nível de proteção, conforto e valor da peça.
Todos os dias, os trabalhadores das indústrias de manutenção elétrica, serviços públicos, óleo e gás, petroquímica e siderurgia trabalham em ambientes perigosos. Eventos inesperados e altamente perigosos de arco elétrico e fogo repentino podem ocorrer sem aviso e podem resultar em queimaduras graves ou fatais.
Nos Estados Unidos, todos os dias ocorrem cerca de cinco a dez explosões de arco elétrico em equipamentos elétricos. Incluindo ainda o risco inerente de trabalhar em ambiente onde há a presença de materiais altamente inflamáveis, como aqueles nas indústrias de petróleo e gás, a necessidade de equipamentos de proteção individual (EPIs) eficazes resistentes ao fogo não pode ser ignorada.
Além disso, o uso de vestimentas sem propriedades antichama agrava as lesões por queimadura. Vestimentas sem as propriedades antichama podem entrar em combustão e continuar queimando mesmo após a remoção da fonte de ignição, causando queimaduras ainda mais graves na pele coberta com roupas.
Os tecidos antichamas são exclusivamente desenvolvidos para se auto-extinguirem e reduzirem as lesões por queimaduras. Dentro do seu programa de EPIs, a especificação dos tecidos de fornecedores confiáveis para uso diário é fundamental para a sua proteção e a de seus funcionários contra possíveis acidentes e lesões.
No entanto, as vestimentas antichama variam muito entre si e a qualidade do tecido é o aspecto mais importante para a proteção do trabalhador. Este artigo explora os motivos pelos quais é preciso olhar além dos requisitos mínimos estabelecidos nas normas para especificar tecidos antichama que irão proteger adequadamente os funcionários contra os danos provocados por arco elétrico e fogo repentino.
Riscos Industriais e Normas de Proteção
Os riscos de arco elétrico e fogo repentino comprovam que os trabalhadores das indústrias devem usar diariamente vestimentas que promovam uma proteção efetiva. Os trabalhadores do setor de manutenção elétrica e das concessionárias estão sujeitos aos riscos de arcos elétricos, enquanto os trabalhadores das indústrias de óleo e gás precisam estar preparados contra fogos repentinos.
Arco Elétrico
Os arcos elétricos são explosões ou descargas elétricas que usam o ar como meio para a passagem de corrente elétrica. Esses arcos podem atingir mais de 19.400°C de temperatura (35.000 °F), resultando em queimaduras graves e significativas, entre outros ferimentos.
O “National Electrical Safety Code” (NESC) exige que as empresas realizem uma análise de risco para os funcionários que trabalham com partes energizadas de equipamento ou próximas a elas. Se a avaliação determinar energias incidentes superiores a 2 cal/cm2, todos trabalhadores devem usar vestimentas protetoras com classificação de arco (AR) comprovadamente igual ou superior ao valor previsto.
A norma NFPA 70E, reconhecida como prática industrial pela OSHA, também fornece orientação contra esses riscos. Para atender a NFPA 70E, os empregadores são obrigados a realizar uma análise de risco. Quando necessário, os funcionários devem usar vestimentas antichama que atendam à norma ASTM F1506 – que estabelece o desempenho mínimo para vestimentas antichama utilizadas pelos trabalhadores expostos ao risco de arco elétrico.
Existem dois métodos de análise utilizados pela norma NFPA 70E. Um é o método de cálculo e o segundo é o método tabelado. Ao utilizar um dos métodos, é importante lembrar que não se pode misturar os dois métodos. Eles são procedimentos independentes.
O método de cálculo, como o próprio nome diz, se utiliza de fórmulas e/ou softwares comercialmente disponíveis para calcular os potenciais de energia incidentes de cada equipamento elétrico. Os EPIs e as vestimentas escolhidas devem ter uma classificação de arco igual ou superior ao nível de energia previsto calculado. A dificuldade desse método está relacionada à complexidade do sistema elétrico.
O método tabelado da NFPA 70E caracteriza as vestimentas antichama por categorias de EPI. Um conjunto de tabelas de consulta apresentam equipamentos típicos, suas condições operacionais e a categoria necessária correspondente do EPI. Por exemplo, um EPI Categoria 2 requer que a classificação do arco seja 8 cal/cm2 ou superior e um EPI Categoria 3 requer uma classificação de arco de 25 cal/cm2 ou superior.
Fogo Repentino
Um fogo repentino se propaga rapidamente por meio de uma frente de chama, através de um combustível dispersado (NFPA 2112). Trabalhadores nas indústrias de óleo, gás, química e petroquímica podem estar submetidos ao risco de fogo repentino. A NFPA 2112 é a norma relativa à vestimenta antichama para proteção dos trabalhadores industriais contra fogo repentino. A norma complementar NFPA 2113, por outro lado, fornece orientações sobre a seleção, cuidado, uso e manutenção dessas peças.
Ao definir orientações claras para a realização dos ensaios que os tecidos e as vestimentas antichama precisam ser submetidos, a NFPA 2112 fornece critérios mínimos de desempenho. Um requisito da NFPA 2112 é que o tecido antichama (para fogo repentino) seja ensaiado por três segundos de acordo com as diretrizes de teste ASTM F1930 e forneça proteção de pelo menos 50% para queimaduras corporais. Naturalmente, esse critério permite uma grande variação de desempenho.
Para os trabalhadores expostos ao fogo repentino, a certificação NFPA 2112 é realmente um ponto de partida. Como todos os tecidos com menos de 50% de queimaduras são certificados pela norma NFPA 2112, é importante entender que pode haver uma variação significativa nos resultados de queima dos tecidos disponíveis no mercado. Saber qual é o desempenho do seu tecido é crucial para minimizar as lesões.
Por que alguns tecidos antichama não são suficientes?
Apesar da resistência à chama ser uma característica obrigatória para as vestimentas antichama, existem outros fatores importantes a considerar que apresentam grande impacto no sucesso de um programa de vestimentas antichama.
Não é possível dizer que todos os tecidos antichama são iguais em termos de conforto, encolhimento, desempenho a longo prazo, lavabilidade e confiabilidade. Quando uma vestimenta antichama não é confortável ou dificulta a movimentação, os trabalhadores podem não usá-las corretamente ou, no pior caso, simplesmente não as utilizarão.
Especifique o tecido para o sucesso do programa vestimentas
Conforme já discutido, ao desenvolver um programa de vestimentas eficaz, as normas vigentes são apenas o ponto de partida. Saiba o que você realmente está comprando: O tecido antichama da vestimenta é o maior fator isolado na determinação do nível de proteção, conforto e valor da peça. Desenvolva um trabalho nas quatro etapas a seguir para ir além das normas vigentes na hora de especificar vestimentas antichamas confiáveis.
1. Pesquise os riscos ambientais
Obtenha um profundo conhecimento do seu ambiente de trabalho e dos problemas específicos que afetam a segurança do trabalhador. Comece por identificar os riscos presentes, como os riscos de arco elétrico e de fogo repentino. É importante perceber que as necessidades de vestuário são diferentes para os dois casos.
As normas adotadas durante a especificação dos tecidos devem se aplicar ao seu ambiente de trabalho. Por exemplo, os tecidos antichama que atendem os EPIs de categoria 2 podem ser irrelevantes nas indústrias de óleo e gás, porque a norma de referência aborda o arco elétrico, não se preocupando com fogo repentino.
Fatores externos, como o clima, também devem ser considerados. As necessidades do tecido em diversos climas podem ser muito diferentes. Trabalhadores em climas frios podem precisar de produtos que os protejam de uma baixa temperatura ambiente durante suas atividades cotidianas, enquanto em climas mais quente pode ser preferível usar vestimentas com apenas uma camada.
2. Avalie as opções de tecido.
Ao avaliar as opções viáveis, não se limite ao atendimento mínimo das normas. Em vez disso, conheça a classificação exata de cada tecido. Também considere fazer um teste de uso visando avaliar o conforto e a praticidade. Com isso, você saberá, em primeira mão, se seu time poderá trabalhar de forma eficaz e confortável.
3. Entender o desempenho do tecido.
Existe uma grande diferença entre os produtos que estão em conformidade com a NFPA 2112 e a NFPA 70E. A conformidade é um ponto de partida, porém o desempenho específico de cada tecido precisa ser avaliado para ajudar a garantir uma proteção adequada.
4. Especifique o tecido pela marca.
Os tecidos antichama de marca possuem reputação e confiança, visto que a qualidade da proteção de seus produtos é comprovada no mercado. As reputações da marca também ajudam você a saber exatamente o que está comprando. Nem todos os tecidos ou materiais antichama, como as fibras “88/12”, são iguais. Existem diferenças significativas no desempenho de tecidos semelhantes com fibras semelhantes.
Confie em reputações de marca comprovadas para avaliar a eficácia do tecido, com o respaldo da certificação de terceiros.
Entender as nuances do que é necessário para proteger adequadamente contra os efeitos do do arco elétrico e fogo repentino pode parecer complicado. No entanto, a verdadeira proteção do vestuário antichama se resume em entender os riscos do seu ambiente de trabalho e conhecer a qualidade e a confiabilidade do tecido. Ao pesquisar seus riscos ambientais específicos, avaliar as opções de tecidos, entender seu desempenho por meio de testes de terceiros e especificar nomes de marcas confiáveis, é possível criar um programa de vestimentas antichama confiável que vá além do atendimento das normas vigentes.
A Westex está pronta para lhe auxiliar na elaboração de um programa eficaz de vestimentas antichama.
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