Um pouco de história
• 1760 – O uso dos EPI’s começam a evoluir na revolução industrial, com o surgimento das metalúrgicas, mineradoras e fundições
• 1802 – Parlamento Inglês aprova a 1ª Lei da Saúde do Trabalhador
• 1882 – Aumento do interesse pela energia elétrica; consumo de potência cresce
• 1950 – Aumento das potências de cargas. Começam a surgir as falhas por arco em baixa tensão
• 1961 – Nasce a 1ª Edição da Norma IEEE – Guide for Safety in AC Substations Grounding – devido as frequentes falhas no arco elétrico
Alice M. Stoll, os limites contra a queimadura de segundo grau promovida por tecidos de vestimentas profissionais
Em 1959 a pesquisadora Alice M. Stoll publicou o resultado de seus estudos sobre queimaduras de 2º e 3º grau em função da radiação térmica, no artigo “Relationship between Pain and Tissue Damage due to Thermal Radiation”. Esta pesquisa, e posteriormente a continuidade dos trabalhos em 1970 com a publicação “Heat transfer through fabrics”, trouxeram a primeira abordagem científica sobre uso de tecidos em vestimentas de trabalho, naquela época focado em atividades militares, onde a radiação conduzida por chamas, bem como transmitida pelo calor irradiado, foram estudadas e modeladas em detalhes para a proteção contra queimaduras de 2º grau.
Ralph Lee, o pai da energia incidente
Depois de muitos estudos, publicou em 1982 o artigo: “The other electrical hazard: electric arc blast burns”, onde mostra que o risco elétrico não é o único problema relacionado à proteção pessoal, que queimaduras por arco elétrico poderiam causar ferimentos ou até mesmo a morte. Seus estudos em prol de proteger os profissionais de queimaduras incentivou atualizações normativas.
Em números, proteger vidas como fez Ralph Lee significa…
- Evitar acidentes elétricos que estão entre as 5 principais causas de mortes na indústria e representam cerca 30% das fatalidades
- Diminuir nas indústrias as mortes onde, 20% das fatalidades elétricas ocorrem devido ao choque elétrico, enquanto que 80% são devido ao arco elétrico.
1ª Edição da NFPA 70E – National Fire Protection Association
Para que serve?
Publicada em 1979, a NFPA 70E estabelece normas e requisitos de segurança elétrica para os locais de trabalho
Como funciona?
A NFPA 70E – que trata da segurança dos trabalhadores é estruturada da seguinte maneira:
Introdução
Material introdutório e explanatório
Capítulo 1 Segurança relativa a Práticas de Trabalho
Aplica-se geralmente à segurança em eletricidade aos locais de trabalho
Capítulo 2 Segurança relativa a Requisitos de Manutenção
Aborda a segurança relativa aos requisitos de manutenção
Capítulo 3 Segurança relativa a Equipamentos Especiais
Modifica os requisitos gerais do Capítulo 1
Anexos Informativos
Material apenas informativo. Não mandatório
Seus capítulos e suas atualizações
Cada um dos capítulos da NFPA 70E, normativa americana para segurança do trabalhador envolvido com energia elétrica, inclui artigos e seções.
Desde sua primeira edição, foram muitas as atualizações da NFPA 70E, sendo sua última atualização em 2021, onde apresenta com destaque a hierarquia de controles de risco.
As principais mudanças da NFPA 70E versão 2021
- Consolidando as orientações sobre a camada externa – Seção 130.7 (9) (b) – Aspectos na Seleção da Vestimenta de Proteção (Pág. 31)Esta seção ajuda a esclarecer como vestimentas externas adicionais, devem estar em conformidade com a NFPA 70E®
- Acrescentando rigor em trabalhos com capacitor – Artigo 360 – Requisitos Relacionados à Segurança (Pág. 53) e Anexo informativo R – Trabalhando com Capacitores (Pág. 97)Lembre-se, até que a ausência de tensão seja comprovada, o EPI adequado deve ser utilizado!
- Expandindo o escopo do procedimento de avaliação de risco – Artigo 110.5 (H) (1) – Elementos de um procedimento de avaliação de risco (Pág. 16)A NFPA 70E® agora inclui uma nota informativa indicando que é aceitável especificar um profissional qualificado adicional como requisito para um determinado trabalho.
- Esclarecendo as atuais orientações – Tabela 130.5 (C) – Estimativa da probabilidade da ocorrência de um Arco Elétrico para Sistemas CA e CC e Artigo 130.7 (C) (1) – Equipamento de Proteção Individual, Geral (Págs. 27 e 30)Nota informativa, fornece métodos alternativos de redução de risco quando nos confrontamos com uma tarefa que possui uma energia incidente estimada, maior do que a dos valores de energia incidente da classificação dos EPIs disponíveis comercialmente.Importante destacar que com o avanço da NFPA 70E, a seleção do EPI passa a ser tratada o desenvolvimento da proteção, onde a análise e gerenciamento de risco são fundamentais para atingir os objetivos de proteção com razoabilidade e respaldo técnico científico.
- Revisão do cálculo de energia incidente -Anexo D – Métodos de Cálculo de Energia Incidente e Fronteira de Proteção do Arco Elétrico (Pág. 62) Com sua revisão atualmente considera como referência a IEEE 1584-2018 – Guia para realizar cálculos de risco de arco elétrico, como o novo método preferido de cálculo.
Avanço das Normativas Internacionais
A IEC (International Electrotechnical Commission) vem avançando no estabelecimento de requisitos e ensaios para EPI contra efeitos térmicos de arcos elétricos e de maneira harmonizada com a NFPA 70E (incluindo a criação recente de projetos para orientar a seleção, uso, cuidados e manutenção dos EPI) e com as normas ASTM F.
Esse avanço é fundamental para a inserção de países signatários de acordos internacionais para estabelecerem Programas de Certificação de EPI com reconhecimento mútuo, dentro da cadeia metrológica internacional.
Quando o assunto é antichama, estamos em tudo!
A equipe da Westex®: Uma marca Milliken está aqui para ajudá-los a entender a norma NFPA 70E e o que ela pode significar para a segurança do seu local de trabalho, além de compartilhar sua vasta experiência na normalização e certificação internacional de produtos. Entre em contato conosco hoje para discutir o seu programa de segurança, incluindo o uso de EPI, em maiores detalhes.