Por Dentro da Proteção Térmica: Esclareça Suas Dúvidas com Quem Entende – Segunda parte!

Este mês, abrimos espaço para quem mais importa: nossos usuários. Reunimos as dúvidas mais frequentes que recebemos sobre vestimentas de proteção térmica e preparamos respostas técnicas, claras e diretas. Sabemos que, na hora de escolher a vestimenta, surgem muitas perguntas — e estamos aqui para esclarecer cada uma delas com base em nossa experiência e compromisso com a segurança.

Vamos lá para a segunda parte de nossas dúvidas frequentes!

Minha vestimenta é muito quente, não consigo utilizar o dia todo. É possível ter uma vestimenta confortável para usar o dia todo e ainda ficar protegido?

Sim, é possível. Mas tudo vai depender da tecnologia empregada e do balanço com a análise de risco da atividade laboral.

O equilíbrio entre os índices de proteção e o conforto pode variar muito a depender da tecnologia têxtil. E no requisito de conforto não adianta somente transportar ar, o transporte de umidade é fundamental.

E fique atento a mobilidade – a mobilidade é afetada principalmente pela gramatura e toque das peças de vestuário, além do corte e modelagem. Modelos ergonômicos e com painéis de mobilidade oferecem melhor amplitude de movimento, no entanto a suavidade e toque do tecido pode fazer a diferença e evitar agarre e abrasão na pele.

É importante ficar atento aos ensaios relacionados a requisitos de conforto e também realizar provas de campo para avaliar a resposta dos trabalhadores quanto a adequação das vestimentas ao ambiente de trabalho.

Então solicite provas de campo para avaliar suas vestimentas antes da aquisição!

Como devo lavar e realizar a manutenção de minhas vestimentas? A vestimenta perde proteção após várias lavagens?

A primeira e mais importante orientação é: Sempre seguindo as instruções do fabricante!

Isso vai incluir uma série de parâmetros como temperatura de lavagem e secagem apropriada, detergentes permitidos, insumos proibidos (como alvejantes, sabão em pedra, amaciantes), etc.

Outro ponto que você não pode esquecer é a inspeção pós-lavagem! Qualquer anomalia como perda de eficiência dos fechamentos, soltura de linhas, bordados e bolsos, entre outros itens observados como aberturas, furos e início de rasgos devem ser notificados e a vestimenta não deve ser colocada em uso.

Procure sempre documentar os procedimentos de lavanderia quando o EPI for gerenciado pela empresa, sendo recomendável a certificação de lavanderias industriais. Se você utiliza lavagens domésticas, também deve seguir critérios similares com treinamento apropriado dos usuários quanto aos procedimentos a serem adotados em casa.

Se as propriedades de proteção da sua vestimenta não estão incorporadas de maneira permanente ao tecido ou se materiais inapropriados como alvejantes forem empregados na lavagem, de fato ela pode perder a proteção após lavagens.

CUIDADO COM OS MITOS – É sempre importante ficar claro que todo material tem perda de massa, independente da tecnologia resistente embarcada no tecido.

FIQUE ATENTO – O cuidado com a manutenção da proteção na vida útil é extremamente importante, e avaliações periódicas junto aos fornecedores e em laboratórios independentes e acreditados pode auxiliar a estabelecer a vida útil em cada atividade específica.

Quando devo substituir minha vestimenta? Ela Pode ser consertada se rasgar ou danificar?

Alguns casos vão requerer a substituição imediata da sua vestimenta: danos visíveis (furos, cortes, desgastes), perda de funcionalidades (reforços, costuras, fechamentos), exposição ao calor das fontes de risco – arco elétrico ou fogo repentino, ou fim da vida útil indicada pelo fabricante.

Por isso você deve sempre realizar a inspeção periódica e registro.

Em casos muito específicos desde que relacionados nas instruções de uso do fabricante, é possível realizar reparos, entretanto, o melhor procedimento é você consultar o fabricante e eventualmente submeter as vestimentas para que ele realize o reparo se possível.

O que vestir por baixo da minha vestimenta de proteção térmica? Ela me incomoda diretamente no corpo!

Recomendo que não vista nada por baixo além das roupas íntimas! Mas isso vai depender da qualidade do tecido com o qual sua vestimenta foi confeccionada.

É importante que você saiba que uma das mais importantes referências internacionais, A NFPA 70E, traz algumas indicações e também alguns alertas e proibições.

De acordo com a norma e as melhores práticas, a princípio todas as peças de vestuário devem possuir características de proteção térmica. Materiais como poliéster, nylon, e outros inflamáveis, até mesmo materiais com excesso de elastano, são proibidos. Nenhuma peça contendo metais deve ser utilizada – caso comum em roupas intimas femininas.

O uso de algodão 100% nem sempre é garantia de proteção se o mesmo não incorporar proteção térmica resistente ao calor. Aberturas nas vestimentas ou ainda peças de vestuário com classificação por EBT (resistência ao arco elétrico determinada por análise de rompimento do tecido), não devem levar por baixo nem mesmo o algodão. O perigo de uma energia incidente além da prevista em uma atividade com eletricidade pode, mesmo que bem encerrado e sem evidência de EBT, provocar a ignição do algodão sem resistência ao calor.

Posso utilizar a minha vestimenta com outros EPIs (protetor facial, luvas, cinto para trabalho em altura, etc.)? Como ajusto a minha vestimenta corretamente para garantir a proteção?

Sim, desde que a combinação não comprometa a proteção (p. ex. sobreposição correta, materiais compatíveis) e que a mobilidade e respirabilidade permaneçam aceitáveis.

Você deve consultar o fornecedor de sua vestimenta sobre a adequação de sobreposições e interação com outros EPIs.

Com relação ao correto uso da vestimenta e seu ajuste, alguns pontos devem ser observados e são muito importantes na garantia da proteção:

  • Quando existentes, fechos encerrados por contato ou abotoados, gola fechada, e mangas até o pulso
  • No caso de utilizar calças, garantir a sobreposição da mesma sobre a camisa e sem espaços expostos
  • Algumas normas técnicas sugerem movimento do corpo para garantir a conformidade da vestimenta, como movimentos de rotação da cintura e das mãos em direção aos pés para avaliar a manutenção da sobreposição.

A minha vestimenta serve para trabalho com circuitos em corrente alternada e contínua (AC – DC)?

Essa é uma questão que começou a ser estudada recentemente. A princípio os ensaios são válidos somente em circuitos de corrente alternada, pois é a corrente de arco utilizada nos ensaios que atestam as vestimentas.

MAS FIQUE TRANQUILO – A Westex tem investigado seus tecidos em pesquisas laboratoriais e os resultados tem revelado dados interessantes que mostram a viabilidade de uso e garantia de proteção em ambos os cenários de fontes de energia elétrica AC e DC.

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